Aumento do IOF: Efeitos negativos para pequenas empresas e para a economia brasileira

A carga tributária no Brasil já equivale a cerca de 32,5% do PIB, enquanto o déficit do governo geral chega a 8%. O setor público consome mais de 40% da produção nacional para se manter, mas oferece serviços públicos de baixa qualidade. A educação, a saúde e a segurança enfrentam graves problemas, especialmente afetando os mais vulneráveis, que dependem do Estado para acesso a direitos básicos.

O aumento do IOF piora esse cenário ao encarecer o crédito para pequenas empresas, sobretudo as do Simples Nacional. O imposto elevado sobre operações financeiras, como antecipação de recebíveis, reduz a liquidez e dificulta o fluxo de caixa, limitando investimentos e aumentando custos para consumidores. Em vez de ajudar na recuperação econômica, a medida impõe novos obstáculos ao setor produtivo, já pressionado pela instabilidade.

Sem um plano fiscal estruturado que inclua cortes de gastos e reforma tributária, o aumento do IOF apenas adia o enfrentamento dos problemas. Seus efeitos são semelhantes a uma alta da taxa básica de juros, restringindo crédito e desestimulando investimentos. Isso prejudica a retomada econômica e compromete a sustentabilidade fiscal, tornando urgente a necessidade de ajustes responsáveis.

Fonte: Contábeis